Atendimento a criança com malformação congênita: GIAFAP/UNIS prestando serviço a sociedade através da estimulação psicomotora
Malformação Congênita é uma anomalia estrutural presente ao nascimento. Uma definição ampla é a expressão "defeito congênito", incluindo toda anomalia funcional ou estrutural do desenvolvimento do feto decorrente de fator originado antes do nascimento, mesmo quando não for aparente no recém-nascido (RN) e só vier a manifestar-se mais tarde. Sendo que qualquer alteração ao decorrer do desenvolvimento embrionário pode resultar em anomalias congênitas que podem variar desde pequenas assimetrias até defeitos com maiores comprometimentos estéticos e funcionais.
A definição para o termo Malformação Congênita (MC), segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), compreende qualquer defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural ou funcional, presente ao nascimento ou não, causado por fatores genéticos, ambientais ou mistos (BRASIL; 1894). Podem ser classificadas como isoladas ou associadas, físicas ou mentais, simples ou múltiplas e de maior ou menor importância clínica.
Apesar de cada vez mais se conhecer as origens moleculares das malformações congênitas, uma média de 50 a 60% dos casos são decorrentes de causas desconhecidas. Nos 40% restantes, as causas comuns podem ser divididas conforme as três categorias: genéticas, ambientais e multifatoriais ou mistas. O simples ato de brincar contribui para o crescimento e o desenvolvimento motor da criança e destaca-se que quando uma criança brinca, ela entra em contato com suas fantasias, desejos e sentimentos, conhece a força e os limites do próprio corpo e estabelece relações de confiança com o outro.
O objetivo da intervenção psicomotora é de estudar o homem e seu corpo em movimento em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. A psicomotricidade é indispensável a toda criança típica ou patológica, e tem dupla finalidade: assegurar o desenvolvimento funcional e ajudar sua afetividade a expandir-se e a equilibrar-se com o ambiente. Trata-se de uma forma de atenção perceptiva centrada no próprio corpo, que permite a criança tomar consciência de suas características corporais e de dados exteriores. Para a área motora, torna possível um melhor controle motor, com movimentos mais elaborados e coordenados.
O exame clínico do recém-nascido é importante, é o principal meio para diagnóstico, exceto em relação à displasia do desenvolvimento do quadril. Os achados clínicos na maioria das vezes não permitem diagnosticá-la de forma correta e definitiva, de modo que os quadris suspeitos devem ser bem avaliados, através de exame ultrassonográfico.
A conduta dos profissionais de saúde, diante do recém-nascido com malformação congênita deve ser especifica e de qualidade. Assim, os conhecimentos sobre as malformações e as condutas a serem adotados pela equipe multiprofissional, são de suma importância no sentido de orientar pais e familiares, permitindo que estes esclareçam suas dúvidas sobre a deficiência e sintam-se encorajados a buscarem qualidade de vida dentro dos limites impostos à criança. A literatura deixa claro que a criança com malformação congênita necessita de atenção especializada e de uma equipe multidisciplinar, na qual o enfoque primordial da recuperação envolva a integração do paciente no ambiente familiar e social.